quarta-feira, 30 de junho de 2010

Koyaanisqatsi:


Trailer do filme Koyaanisqatsi, com música de Philip Glass. Este filme mostra de uma forma muito rica a fusão de imagem com som. Koyaanisqatsi, em uma língua indígena, significa "vida em desequilíbrio".

terça-feira, 29 de junho de 2010

O papel da educação musical na melhoria do ambiente sonoro:

Atualmente muito se tem falado a respeito de nossa relação com o meio em que vivemos. O termo meio ambiente se tornou muito usual em nossas vidas nos últimos anos. Muitas vezes de uma forma drástica e amedrontadora a mídia nos põe a par das transformações que ocorrem no mundo, muitas vezes por força de nossas ações enquanto civilização atuante no planeta. Estamos nos vendo diante de constantes mudanças na natureza e tendo que nos conscientizar de nossa parcela de contribuição neste processo, fruto de nossas relações com o meio ambiente.

A nossa relação com o meio ambiente é, de uma forma geral, estabelecida mais a partir dos nossos sentidos da visão e do tato. Geralmente não temos a nossa percepção auditiva estimulada de forma a se tornar uma escuta consciente. Se nos atentarmos para este ponto e analisarmos a escuta e a nossa relação com o ambiente sonoro, poderemos notar que raramente nos apercebemos que estamos inseridos em situações de stress sem nos darmos conta de que o espaço sonoro tem o poder de influenciar de forma determinante nesta direção.

A música, como sabemos, tem o seu centro enfocado na relação entre o som e o silêncio. O envolvimento com o som através da escuta, mais do que com a visão, tem o poder de nos proporcionar uma percepção de profundidade e presença no espaço, pois a nossa relação com o fenômeno sonoro, que é pura vibração, envolve todo o nosso corpo, ao contrário da visão, que é direcional. Neste sentido, a relação com a música pode nos trazer uma abertura para a percepção das paisagens sonoras nas quais estamos inseridos e das quais sofremos influência em nossas vidas. A maneira de nos relacionarmos com o silêncio também é determinante para a qualidade de nosso envolvimento com o espaço sonoro. A percepção de que o silêncio não é algo negativo, da forma como é visto em muitas culturas ocidentais, mas sim o complemento para o som, estabelecendo uma relação de equilíbrio, é um ponto importante a ser considerado em nossa relação com o espaço sonoro no mundo em que vivemos. Neste sentido, a educação musical tem muito a contribuir para a aquisição de uma nova visão a este respeito.

Através de atividades que estimulem a percepção e a reprodução de diferentes paisagens sonoras, em diferentes ambientes, a educação musical pode levar a uma conscientização e possibilitar mudanças futuras em nossos ambientes sonoros. A partir de contrastes, onde são percebidas as diferenças entre as paisagens sonoras, que, segundo o educador Murray Schaffer podem ser denominadas hi-fi ou low-fi conforme sua densidade e conteúdo sonoro, podemos nos atentar para a influência que as mesmas exercem em nossas vidas. Se estabelecermos comparações entre diferentes paisagens sonoras, como os sons da cidade em momentos de extrema agitação, que podemos denominar de low-fi (baixa fidelidade) pela quantidade de sons simultâneos e agressivos, com os sons do campo em espaços abertos, tendo uma resposta mais sutil e menos agressiva, que podemos chamar de paisagens hi-fi (alta fidelidade), podemos nos submeter a uma tomada de consciência que venha a nos trazer uma maior sensibilidade para o mundo que nos cerca.

Torna-se assim de grande importância que a educação musical seja viabilizada e estimulada em nossas escolas como um meio de conscientização e sensibilização para o mundo sonoro que nos cerca, podendo nos levar na direção de mudanças que, com certeza, nos trarão melhorias no meio em que vivemos. Neste sentido a música nos mostra que, além de ser um rico patrimônio cultural da humanidade, tem um forte potencial formativo e educativo, podendo nos ajudar de forma significativa na construção de um mundo melhor.



Referência:

Texto da Unidade 4 da disciplina “Tópicos em Educação, Cultura e Sociedade”, UFSCar - 2010.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Comunidade no Orkut

Visite a comunidade "Educação pela Música", um ponto de encontro para pessoas que acreditam no poder da música como fonte de recursos para o desenvolvimento humano, além de ser um rico patrimonio cultural da humanidade a ser preservado e passado às novas gerações.
Endereço: http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=103464728&refresh=1

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Violeta de Gainza fala sobre a Educação Musical nos 3 graus:

terça-feira, 8 de junho de 2010

Widgets

Inseri neste blog os widgets de pesquisa, de lista de links relacionados ao objetivo do mesmo, além do widget externo que disponibiliza o contador de visitas.

No primeiro widget foi disponibilizada uma ferramenta de pesquisa, que a partir de uma inserção na caixa de texto, promove uma pesquisa tanto dentro do blog quanto na Web.

Na lista de links relacionados poderão ser disponibilizados endereços de sites relacionados ao assunto específico do blog, que no caso é a Educação pela Música, podendo ser acessados de forma direta.

No widget externo, intitulado “Estatísticas”, constam três tópicos de contagem de acessos. O primeiro é o número de visitantes, o segundo o número de páginas acessadas, e o terceiro o número de visitantes online.


segunda-feira, 24 de maio de 2010

Educação pela Música

Este blog tem por objetivo principal ser um espaço de compartilhamento de informações e conhecimentos acerca da importância da educação pela música, em suas múltiplas nuances, como um elemento com forte potencial positivo dentro do processo de desenvolvimento humano.

O papel da inclusão digital no processo educativo

Vivemos em um país que ainda apresenta contradições muito nítidas em relação ao nível de acesso da população à educação. Tanto no que diz respeito à educação formal quanto ao letramento digital ainda temos no Brasil um percentual de exclusão muito significativo, que requer atenção à base do problema. Além disso, a questão da qualidade do acesso à rede é muito pertinente e digna de atenção.
Se pararmos para observar, quando entramos em um ambiente público de acesso à Internet, veremos na grande maioria das vezes crianças e jovens se deleitando com jogos e atividades que podemos considerar até nocivas ao seu próprio desenvolvimento. Isso nos coloca de frente com o que foi mencionado no texto. Se for viabilizado a acesso à rede, qual será o objetivo? As pessoas estão em condições de perceber, junto ao aprendizado técnico, a imensidão do conhecimento disponível e o potencial de crescimento pessoal vinculado a ele? Além de ser uma ferramenta onde se pode jogar e se comunicar de maneira informal, conversando trivialidades, qual o caminho a seguir para uma inserção nesse meio que leve a agregar valores positivos às nossas vidas?
A Internet é uma ferramenta que agrega múltiplas funções, podendo proporcionar facilidades e possibilidades de melhorias para as nossas vidas. Mas ao mesmo tempo ela é, em si, um instrumento sem vida própria, que depende de fatores externos que lhe dêem sentido e possibilitem sua atuação. Talvez aí se encontre o divisor de águas. Para viabilizar a realidade de que a grande rede mundial de computadores venha a se tornar um instrumento eficiente a ser utilizado na construção de novas possibilidades de melhorias em nossas vidas, é necessário que se possibilite uma educação para o seu uso. Não tenho condições aqui de apontar uma direção que considero a ideal para isso, mas, baseado em minhas percepções acerca deste assunto, não vejo outras possibilidades de atuação que não seja a promoção de uma tomada de consciência nesta direção.
Em uma das disciplinas do curso de Licenciatura pela UFSCar nos foi apresentado um caso de ensino, no qual uma jovem, recém-formada em música, se apresentou como candidata a um trabalho como professora de música no ensino fundamental. Isso se deu em uma escola americana. Resumindo o que aconteceu, a referida professora foi bem acolhida no início de seus contatos com a escola, mas no decorrer de seu trabalho foi sendo posta de lado até se sentir totalmente desmotivada. A questão levantada na atividade proposta era de uma análise do fato relacionada à postura da direção da escola com relação à professora, pelo fato de se tratar de uma atividade de arte-educação, não valorizada devidamente pelo sistema de ensino. A conclusão a que cheguei na época foi de que a situação se deve em grande parte à insensibilidade da direção da escola com relação à importância do ensino de música para as crianças. Em minha opinião, isso ocorre em função das pessoas que estão em posições de decisão nas instituições não terem uma sensibilidade desenvolvida para isso pelo fato de não terem vivenciado em si mesmas. Conseqüentemente não vão ter condições de perceber a importância e valorizar a busca da viabilidade de acesso a outros. Isso também pode ser um fator relevante no que diz respeito ao assunto tratado neste momento.
Há algum tempo venho participando de um projeto social em minha cidade que envolve aulas de arte-educação, com música e artes plásticas, aliado a um ambiente de letramento digital. O que observei nitidamente é que tanto as pessoas que orientam os alunos no letramento digital quanto os dirigentes do projeto não têm uma visão baseada no que foi colocado aqui, no que diz respeito à qualidade do acesso à Internet, além da viabilidade do mesmo. Não existe uma sensibilidade que permita uma visão mais ampla sobre a importância do bom uso dessa ferramenta. A cultura vigente é voltada quase que totalmente para o desenvolvimento a nível técnico. Essa é, a meu ver, uma questão um tanto quanto complexa. É necessário que haja uma política educacional de base, relacionada à conscientização para o uso da Internet como um instrumento de pesquisa e enriquecimento educacional e cultural. Assim essa ferramenta de potencial tão vasto poderá realmente cumprir um papel positivo em nossas vidas.